sábado, 13 de outubro de 2007

Silêncio. Qual o tamanho que um silêncio deve ter? Sabe aquele momento onde nenhuma palavra parece querer dizer o que você sente? E o único que você consegue expelir é o silêncio? É desse silêncio que falo. Quando a pessoa amada não corresponde as expectativas, o que fazer com o silêncio da decepção, deve-se deixá-lo crescer a ponto de não poder mais sustentá-lo e ser obrigado a falar? O que fazer com o silêncio que se segue após uma derrota?
O que fazer com aqueles centímetros que o silêncio ocupa e que nunca trazem nada? Aqueles meios centímetros que o silêncio ocupa dentro do coração, aqueles oscilantes mas presentes e persistentes, fazem falta. No fim, nota-se que faltou espaço para o amor, e que aqueles centímetros de silêncio que sobraram por bobagens faltarão nesse final maior. E no fim, quem há de importar-se? Sofre-se confesso, mas sofrimento passa, oscila como o vento e no fim, nem se sente mais, acostuma-se com a podridão dos acontecimentos, com a sequencia dos acontecimentos insensatos, e fim.
Como em uma história de caminhos cruzados, onde cada passo é um milímetro, o espaço se esgota, o amor se esgota, e a alegri da vida se estaca.

shay

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